O Projeto Mata Atlântica nas Escolas participou de mais uma atividade agora no antigo Jardim Botânico Benjamim Maranhão atualmente reconhecido como Unidade de Conservação de Proteção Integral Refúgio de Vida Silvestre Mata do Buraquinho. Com essa mudança, terá maior autonomia na administração dos recursos, Plano de Manejo e Comitê Gestor.
Esta área singular de um fragmento da Mata Atlântica, com 517 hectares, encravada no centro urbano de João Pessoa, possui uma grande variedade de fauna. São animais como preguiças, serpentes, primatas, jacarés, tartarugas, jabutis, cachorros do mato (Raposas), tejú, preá, cutia, pássaros, além dos insetos que compõem a biodiversidade.
Também, possui uma riquíssima flora com mais de 513 tipos e podemos encontrar árvores de lei como: Beriba (arvore utilizada na fabricação do berimbau), ipê, maçaranduba, cajazeira, copiúba, pau brasil, sucupira (arvore bastante resistente muito utilizada em portas de igrejas de João Pessoa, medicinalmente conhecida por sua ação anti-inflamatória e com estudos recentes para o combate ao câncer de pele), entre tantas outras.
Até 1856 a unidade de conservação era chamada de Sítio Jaguaricumbe que deu origem a uma belíssima lenda romântica da Árvore do Abraço localizada em uma das 12 trilhas da mata, numa distância de 555 metros. Um grande fenômeno da natureza ocorreu no encontro entre três arvores, onde existe um esconderijo de uma aranha caranguejeira, cuja espécie é a segunda maior do mundo.
Em 1907 iniciou-se a canalização das águas pela Companhia Parahyba Water Company da cidade de João Pessoa que posteriormente se tornou Cagepa (Companhia de Água e Esgoto do Estado) foram construídos em 1909, sendo cada nascente um poço, cuja arquitetura foi batizada de amazonas (devido a semelhanças de casas na Amazônia), num total de 33 poços em meados dos anos 60 esses poços foram desativados com a substituição do abastecimento de Gramame, hoje em dia apenas um poço funciona e abastece os bairros da Torre e Castelo Branco.
Localizado na entrada da Unidade de Conservação, existe um mini museu com sementes em exposição, animais empalhados e uma belíssima maquete do estado da Paraíba, com seu relevo e hidrografia em 3D bastante didático, além de um auditório utilizado para reuniões, palestras ambientais e eventos do gênero. Existe ainda o Batalhão da Polícia Ambiental, que ajuda na fiscalização e é responsável pela segurança do local, além do herbário, cuja unidade encontra-se na UFPB.
Outra atividade muito interessante são as trilhas que são abertas a população e as escolas que para realiza-las é necessário apenas entrar em contato ou agendar via telefone (83) 32187880, ou e-mail (jardimbotanico.jp@gmail.com), onde, receberá a orientação completa. As trilhas são sempre realizadas na semana em dois horários de manhã às 9:00 horas e a tarde às 14:00 horas sempre no ultimo sábado de cada mês acontece a super trilha de 3 quilômetros de percurso com turma reduzida e pela manhã.
A equipe Mata Atlântica Nas Escolas participou da gravação do vídeo documentário durante uma trilha, com participação na primeira etapa pelo administrador Antônio Sergio Feitosa de Albuquerque que nos repassou informações e orientações sobre as atividades. A segunda parte ficou por conta do condutor ambiental e estudante da UFPB de biologia Íttalo Ornilo de Lima que nos conduziu em uma trilha, repassando as informações do trabalho da Unidade de Conservação e tirando dúvidas da equipe.
Se você não conhece e nunca fez uma trilha na Mata Atlântica, se programe e agende uma visita para conhecer e desfrutar de toda a riqueza da fauna e flora. Com toda a magia desse harmonioso passeio você se tornará um novo defensor da natureza.
Texto e fotos - Everaldo Batista
Edição - Ligia Tavares e Gabrielly Correia
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