Vivemos atualmente um processo de transição planetária. O mundo como o conhecemos, estruturado na produção industrial e no consumo, não pode se estender infinitamente, pois a esfera econômica depende da esfera biológica, ou ecológica, e esta última está dando sinais de esgotamento há algumas décadas.
Fonte: blog SOS Rios do Brasil |
Desenvolvimento Insustentável / fonte: |
Desde os anos de 1960 que os sinais de degradação dos recursos da natureza vêm sendo alertados por cientistas, ativistas e educadores. Desde então, dois movimentos vêm acontecendo ao mesmo tempo: de um lado, buscam-se explicações para as crises do capitalismo global e de outro, buscam-se alternativas para sair das crises ambiental, social, econômica e ética.
Na busca por alternativas para romper os padrões da insustentabilidade, que o capitalismo insiste em reproduzir, existem ações em curso atualmente no mundo para a construção de um mundo sustentável.
Dentre essas ações propositivas, em curso, podemos destacar :
- Ação educativa nas escolas: reflorestamento em área ruralServiços educacionais para divulgar os custos ecológicos e humanos de uma sociedade de consumo, a exemplo da Pegada Ecológica. Vários institutos internacionais foram criados nos últimos 30 anos para financiar projetos e pesquisas nas áreas de sustentabilidade;
- Criação de novos padrões de medidas de riqueza que incluem aspectos sociais e humanos, substituindo índices puramente monetários de crescimento econômico;
- Serviços de resolução e mediação de conflitos comunitários e sociais, que substituem processos jurídicos;
- Programas de não violência com estratégias fundamentadas em uma cultura de paz para substituir a mera retaliação militar;
- Redução da dependência dos combustíveis fósseis e nucleares para conversão em energias renováveis como a solar, eólica, das marés, da biomassa e as fotovoltaicas;
- Criação e difusão de cooperativas como formas de propriedades não individualizadas onde predomina a integração e o respeito à natureza e suas fontes de abundância;
- Modalidades colaborativas de moradias, como repúblicas e Ecovilas, em amplas variedades de formas legais;
- Iniciativas locais de movimentos de ocupação de bairros, com atividades econômicas próprias, jardins comunitários, cooperativas de consumo, compartilhamento de ferramentas para agricultura e projetos de recuperação e renaturalização de rios, encostas e solos;
- Programas de reciclagem e produção de compostagem comunitários e municipais;
- Métodos holísticos de saúde e bem estar a exemplo das Práticas Integrativas Complementares, já implementadas no âmbito da saúde pública;
- Moedas locais, baseadas na permuta de bens e serviços, de modo que os recursos circulem dentro das comunidades;
- Sistemas de comunicação eletrônicos e virtuais, que permitem um maior conhecimento e engajamento nas causas sociais e ambientais locais, por meio do midiativismo digital, fortalecendo a troca de informações entre diversas localidades e países para dinamizar ações à margem da burocracia e da mídia massificada, controlada por corporações;
Embora as ações insustentáveis promovidas pelas grandes corporações mundiais , que representam o capitalismo na escala global, com atuações nas escalas regionais e locais, sejam extremamente degradantes do meio ambiente, é importante salientar aos alunos que existe um movimento mundial, com pessoas engajadas na transformação do mundo. Enfatizar essas ações gera um sentimento positivo e encorajador, para que as novas gerações continuem acreditando na construção de um mundo sustentável.
Texto: Mata Atlântica nas Escolas
Fonte: Nossa vida como Gaia – práticas para reconectar nossas vidas e nosso mundo. Joana Macy e Molly Brown
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